Lynette Yiadom-Boakye na Tate Britain

Eram várias salas na @tate Britain com pinturas a óleo retratando pessoas em diferentes situações. Algumas pinturas eram imensas (2m) Antes de entrar na primeira sala cumprimentei o controlador de acesso e falei que estava muito feliz com o que iria ver. Ele acenou com o cabeça e falou sorrindo pra eu aproveitar. @lynetteyiadomboakye pinta e também escreve, ela diz que pinta o que não consegue escrever e escreve o que não é capaz de pintar. Curiosamente, ela decidiu não colocar nenhum tipo de descrição nos trabalhos expostos, deixando as obras sempre abertas para a interpretação do público.

Eu me senti conectado e abraçado pela maioria delas. Pinturas afetuosas, diretas, rápidas. Você olha, interpreta e entende à sua maneira. Humanistas e potentes, diziam um monte de coisas, sem ter uma palavra escrita. Do início ao fim da exposição eu carreguei um sorriso leve no rosto.

Uma das pinturas retratava duas crianças na praia. Cena simples de se retratar, (comum?), mas que falta que eu senti de um retrato desses no Brasil. Naquelas cores, daquele tamanho. Entre as várias coisas que observei, indo além das obras, lembro de ver uma família interagindo com uma das pinturas. A mãe e o pai brincavam com as crianças, tentando contar quantos cachorros existiam em uma das pinturas. Quando percebi o que faziam, abri espaço e a mãe sorriu em agradecimento. Uma cena simples, que poderia ser uma pintura da exposição. Que experiência incrível.

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